12 de maio de 2013

A Arte Expressionista



Surgimento 
Em oposição ao Impressionismo, o Expressionismo surge no final do século XIX com características que ressaltam a subjetividade. Neste movimento, a intenção do artista é de recriar o mundo e não apenas a de absorvê-lo da mesma forma que é visto. Aqui ele se opõe à objetividade da imagem, destacando, em contrapartida, o subjetivismo da expressão.
História e características 
Seu marco ocorreu na Alemanha, onde atingiu vários pintores num momento em que o país atravessava um período de guerra. As obras de arte expressionistas mostram o estado psicológico e as denúncias sociais de uma sociedade que se considerava doente e na carência de um mundo melhor. Pode-se dizer que o Expressionismo foi mais que uma forma de expressão, ele foi uma atitude em prol dos valores humanos num momento em que politicamente isto era o que menos interessava. 
O principal precursor deste movimento foi o pintor holandês Vincent Van Gogh, que, com seu estilo único, já manifestava, através de sua arte, os primeiros sinais do expressionismo. Ele serviu como fonte de inspiração para os pintores: Érico Heckel, Francisco Marc, Paulo Klee, George Grosz, Max Beckmann, etc. Há ainda muitos outros pintores, entre eles, Pablo Picasso, que também foram influenciados por esta manifestação artística. Outro importante pintor expressionista foi o norueguês Edvard Munch, autor da conhecida obra O Grito.
Além de sua forte manifestação na pintura, o expressionismo foi marcante também em outras manifestações artísticas, tais como: literatura, cinema, teatro, etc. Na literatura, há muitas obras que refletem a crise de consciência que tomou conta da sociedade antes e depois da Primeira Guerra Mundial. 
Na década de 40, surge o expressionismo abstrato, este movimento foi criado em Nova York por pintores como Pollock, de Kooning e Rothko. Aqui os estilos eram bem variados e buscavam a liberação dos padrões estéticos que até então dominavam a arte norte-americana. 
Expressionismo no Brasil
Em nosso país o movimento também foi importante. Podemos destacar, nas artes plásticas, os artistas expressionistas mais importantes: Candido Portinari, que retratou em suas telas a migração do povo nordestino para as grandes cidades e a vida dos agricultores, operários e desfavorecidos. 
Outros representantes do expressionismo brasileiro: 
- Anita Malfatti - pode ser considerada a artista que introduziu as vanguardas européias em território brasileiro. Retratou em suas obras retratos nus, cenas populares cotidianas e paisagens. Usou cores fortes e violentas em suas obras.
- Lasar Segall - é considerado o primeiro artista a introduzir o expressionismo alemão em território sul-americano. Uma de suas obras mais conhecidas é "Emigrante Navio" de 1939.
- Osvaldo Goeldi (autor de diversas gravuras). 

As peças teatrais de Nélson Rodrigues apresentam significativas características do expressionismo.

2 de maio de 2013

Arte Impressionista


O Impressionismo foi um movimento artístico que revolucionou profundamente a pintura e deu início às grandes tendências da arte do século XX. Havia algumas considerações gerais, muito mais práticas do que teóricas, que os artistas seguiam em seus procedimentos técnicos para obter os resultados que caracterizaram a pintura impressionista.

Principais características da pintura:

• A pintura deve registrar as tonalidades que os objetos adquirem ao refletir a luz solar num determinado momento, pois as cores da natureza se modificam constantemente, dependendo da incidência da luz do sol.
• As figuras não devem ter contornos nítidos, pois a linha é uma abstração do ser humano para representar imagens.
• As sombras devem ser luminosas e coloridas, tal como é a impressão visual que nos causam, e não escuras ou pretas, como os pintores costumavam representá-las no passado.
• Os contrastes de luz e sombra devem ser obtidos de acordo com a lei das cores complementares. Assim, um amarelo próximo a um violeta produz uma impressão de luz e de sombra muito mais real do que o claro-escuro tão valorizado pelos pintores barrocos.
• As cores e tonalidades não devem ser obtidas pela mistura das tintas na paleta do pintor. Pelo contrário, devem ser puras e dissociadas nos quadros em pequenas pinceladas. É o observador que, ao admirar a pintura, combina as várias cores, obtendo o resultado final. A mistura deixa, portanto, de ser técnica para se óptica.

A primeira vez que o público teve contato com a obra dos impressionistas foi numa exposição coletiva realizada em Paris, em abril de 1874. Mas o público e a crítica reagiram muito mal ao novo movimento, pois ainda se mantinham fiéis aos princípios acadêmicos da pintura.

Principais artistas:
Claude Monet
- incessante pesquisador da luz e seus efeitos, pintou vários motivos em diversas horas do dia, afim de estudar as mutações coloridas do ambiente com sua luminosidade. Obras Destacadas: Mulheres no Jardim e a Catedral de Rouen em Pleno Sol.
       
Auguste Renoir
- foi o pintor impressionista que ganhou maior popularidade e chegou mesmo a ter o reconhecimento da crítica, ainda em vida. Seus quadros manifestam otimismo, alegria e a intensa movimentação da vida parisiense do fim do século XIX. Pintou o corpo feminino com formas puras e isentas de erotismo e sensualidade, preferia os nus ao ar livre, as composições com personagens do cotidiano, os retratos e as naturezas mortas. Obras Destacadas: Baile do Moulin de la Galette e La Grenouillière.
    
Edgar Degas
- sua formação acadêmica e sua admiração por Ingres fizeram com que valorizasse o desenho e não apenas a cor, que era a grande paixão do Impressionismo. Além disso, foi pintor de poucas paisagens e cenas ao ar livre. Os ambientes de seus quadros são interiores e a luz é artificial. Sua grande preocupação era flagrar um instante da vida das pessoas, aprender um momento do movimento de um corpo ou da expressão de um rosto. Adorava o teatro de bailados. Obra Destacada: O Ensaio.
      
Seurat
- Mestre no pontilhismo. Obra Destacada: Tarde de Domingo na Ilha Grande Jatte.
    
No Brasil, destaca-se o pintor Eliseu Visconti, ele já não se preocupa mais em imitar modelos clássicos; procura, decididamente, registrar os efeitos da luz solar nos objetivos e seres humanos que retrata em suas telas. Ganhou uma viagem à Europa, onde teve contato com a obra dos impressionistas. A influência que recebeu desses artistas foi tão grande que ele é considerado o maior representante dessa tendência na pintura brasileira. Obra destacadas são: Trigal e Maternidade.
Para seu conhecimento:
- O quadro Mulheres no Jardim, de Monet, foi pintado totalmente ao ar livre e sempre com a luz do sol. São cenas do jardim da casa do artista.
- O movimento impressionista foi idealizado nas reuniões com seus principais pintores e elas aconteciam no estúdio fotográfico de Nadar, na Rue de Capucines, Paris.

8 de abril de 2013

Exposição Transformação - ULTIMA SEMANA !

A EXPOSIÇÃO TRANSFORMAÇÃO esta sendo um sucesso, e essa é a sua ultima semana no Hall do Predio Administrativo da UNIMEP.

Juliano Carriel traz pela ultima semana no prédio administrativo da unimep sua exposição, que traz sua nova faze, uma faze de linhas e distorção, uma verdadeira viagem pelo mundo surrealista do artista Juliano Carriel.Obras inéditas com descrições surpreendentes e um cantinho do artista com tintas e tela !

VENHAM VER- UNIVERSIDADE UNIMEP : HALL PRÉDIO ADMISTRATIVO  ... ATÉ 12 DE ABRIL DE 2013.











3 de abril de 2013

EXPOSIÇÃO DE OBRAS NA UNIMEP (Universidade Metodista de Piracicaba)

A Faculdade Unimep abriu seu espaço para minhas obras serem mostradas a seus alunos e convidados.

Essa exposição vem com o tema de TRANSFORMAÇÃO, que é a faze pela qual venho passando, um antes e depois das minhas telas e minhas esculturas.

A EXPOSIÇÃO TRANSFORMAÇÃO ficará no prédio da UNIMEP de 1 á 12 de Abril da hora que a universidade abre até as 22h40.


Uma viagem no mundo de transformações do artista Juliano Carriel




26 de março de 2013

Pascoa também é ARTE !


A Páscoa é uma Festa muito colorida, que tem origem na Antiguidade, onde se ofertavam ovos para deuses responsáveis pela natureza,como Dajhoh ou Ostern, que eram cultuados na primavera.
 Estes ovos eram coloridos de amarelo para representar o Sol, seus raios de luz, pois acreditavam que assim a neve iria embora e poderiam cultivar o campo. A pintura em ovos ucranianos, Pêssankas, com o cristianismo passaram a festejar a Páscoa com  desenhos geométricos, muitos símbolos religiosos,figuras de animais. Por exemplo,o galo pintado no ovo significava o renascer, a vitória .Os ucranianos trouxeram esta tradição até nós brasileiros, no final do séc.XIX, representando nas   pêssankas, liberdade vida nova, felicidades, pois era isso que buscavam como imigrantes em nosso País. Ovos de chocolate simbolizando início de vida, nos chega lá pelo séc.XVII. No Concílio Geral de Nicéia,em 325 d.C.- decidiu-se que a Páscoa seria comemorada no primeiro Domingo depois da lua cheia da Primavera. (no Brasil é Outono).  Na Antiguidade, o que representava a Lua era o coelho, se as luas eram importantes para a lavoura e marcava a chegada da primavera tão repleta de plantas e cores, o coelho, por sua vez, também era fertilidade, multiplicação da vida, um constante renascer. Os cristãos comemoram a Páscoa como Ressurreição de Cristo. Páscoa = Pessach (em hebraico) = Passagem - lembram de sua libertação – é o milagre da Ressurreição, libertação do povo hebreu. Tem o fogo, que também simboliza a Fé ou Purificação, exemplo o Ciro Pascal. Na Alemanha Osterfeuer, costumam acender uma fogueira no pátio da Igreja. A Páscoa usa a cor branca para simbolizar o manto de Cristo - Esperança na Ressurreição. Até a flor lírio branco é empregada nos altares na Páscoa. O amarelo-Luz que ilumina o Mundo, alegria, felicidade. O símbolo maior da Páscoa é o ovo, que significa renascer.

22 de março de 2013

Vincent Van Gogh - Uma das minhas Inspirações !


                                                          

Van Gogh é considerado um dos principais representantes da pintura mundial. Nasceu na Holanda, no dia 30 de março de 1853. Teve uma irmã e um irmão chamado Theo. Com este irmão, estabeleceu uma forte relação de amizade. Através das cartas que trocou com com o irmão, os pesquisadores conseguiram resgatar muitos aspectos da vida e do trabalho do pintor.

Biografia 

Começou a atuar profissionalmente ainda jovem, por volta dos 15 anos de idade. Trabalhou para um comerciante de arte da cidade de Haia. Com quase vinte anos, foi morar em Londres e depois em Paris, graças ao reconhecimento que teve. Porém, o interesse pelos assuntos religiosos acabou desviando sua atenção e resolveu estudar Teologia, na cidade de Amsterdã.  Mesmo sem terminar o curso, passou a atuar como pastor na Bélgica, por apenas seis meses. Impressionado com a vida e o trabalho dos pobres mineiros da cidade, elaborou vários desenhos à lápis.
Resolveu retornar para a cidade de Haia, em 1880, e passou a dedicar um tempo maior à pintura. Após receber uma significativa influência da Escola de Haia, começou a elaborar uma série de trabalhos, utilizando técnicas de jogos de luzes. Neste período, suas telas retratavam a vida cotidiana dos camponeses e os trabalhadores na zona rural da Holanda.

O ano de 1886, foi de extrema importância em sua carreira. Foi  morar em Paris, com seu irmão. Conheceu, na nova cidade, importantes pintores da época como, por exemplo, Emile Bernard, Toulouse-Lautrec, Paul Gauguin e Edgar Degas, representantes do impressionismo.  Recebeu uma grande influência destes mestres do impressionismo, como podemos perceber em várias de suas telas
Dois anos após ter chegado à França, parte para a cidade de Arles, ao sul do país. Uma região rica em paisagens rurais, com um cenário bucólico. Foi neste contexto que pintou várias obras com girassóis.  Em Arles, fez único quadro que conseguiu vender durante toda sua vida : A Vinha Encarnada. 
Convidou Gauguin para morar com ele no sul da França. Este foi o único que aceitou sua idéia de fundar um centro artístico naquela região. No início, a relação entre os dois era tranqüila, porém com o tempo, os desentendimentos foram aumentando e, quando Gauguin retornou para Paris, Vincent entrou em depressão.  Em várias ocasiões teve ataques de violência e seu comportamento ficou muito agressivo. Foi neste período que chegou a cortar sua orelha.  
Seu estado psicológico chegou a refletir em suas obras. Deixou a técnica do pontilhado e passou a pintar com rápidas e pequenas pinceladas. No ano de 1889, sua doença ficou mais grave e teve que ser internado numa clínica psiquiátrica. Nesta clínica, dentro de um mosteiro, havia um belo jardim que passou a ser sua fonte de inspiração. As pinceladas foram deixadas de lado e as curvas em espiral começaram a aparecer em suas telas 
No mês de maio, deixou a clínica e voltou a morar em Paris, próximo de seu irmão e do doutor Paul Gachet, que iria lhe tratar. Este doutor foi retratado num de seus trabalhos: Retrato do Doutor Gachet. Porém a situação depressiva não regrediu. No dia 27 de julho de 1890, atirou em seu próprio peito. Foi levado para um hospital, mas não resistiu, morrendo três dias depois.
 Retrato do Dr. Gachet (1890): uma das obras mais famosas de Van Gogh

Principais obras de Van Gogh:

- Os comedores de batatas (1885)
- Caveira com cigarro acesso (1886)
- A ponte Debaixo de Chuva
- Natureza morta com absinto
- A italiana (1887)
- A vinha encarnada
- A casa amarela (1888)
- Auto-retratos
- Retrato do Dr. Gachet
- Girassóis
- Vista de Arles com Lírios
- Noite Estrelada
- O Escolar
- O velho moinho (1888)
- Oliveiras (1889)
- Vista de Arles, Pomar em flor
- A Igreja de Auvers 

Curiosidades da vida de Van Gogh:

- Durante sua vida, Vnicent Van Gogh não conseguiu vender nenhuma de suas obras de arte.
- No final do ano de 1888, Van Gogh cortou a orelha direita. Alguns biógrafos da vida do artista afirmam que o ato foi uma espécie de vingança contra sua amante Virginie, depois que Van Gogh descobriu que ela estava apaixonada pelo artista Paul Gauguin. De acordo com esta versão, Van Gogh teria enviado a orelha ensanguentada, dentro de um envelope, para a amante. 

18 de março de 2013

A Arte Surrealista no Brasil


"Abaporu": obra deu origem ao Movimento Antropofágico

Por Chandra Santos

 


As ideias surrealistas vieram para o Brasil na década de 1930 e foram absorvidas pelo movimento Modernista. A pintora Tarsila do Amaral e o escritor Ismael Nery foram os mais influenciados. Além deles, a escultora Maria Martins, o pintor pernambucano Cícero Dias, o poeta Murilo Mendes e os escritores Aníbal Machado e Mário Pedrosa também acrescentaram elementos surreais em suas obras.
 A Semana de 22 foi o ápice do movimento Modernista no Brasil. Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Víctor Brecheret, Plínio Salgado, Anita Malfatti, Menotti Del Pichia, Guilherme de Almeida, Sérgio Milliet, Heitor Villa-Lobos e Tarsila do Amaral são algumas das personalidades que estiveram presentes no evento ocorrido nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro no Teatro Municipal de São Paulo. Considerada um marco na arte brasileira, por propor a ruptura com o passado, a Semana de 22 revolucionou a Literatura, a música, a pintura, a poesia e a escultura. O poema “Os Sapos” rendeu a Manuel Bandeira muitas vaias durante a apresentação. Os concertos musicais de Villa-Lobos foram outra novidade. As maquetes de arquitetura e as telas das artes plásticas também. No momento em que ocorria, a Semana sofreu numerosas críticas. Mas, passados os anos, seus participantes impregnados do ideário modernista fundaram estilos diferentes que culminaram na cultura brasileira contemporânea.
 Tarsila do Amaral pintou, em 1928, uma das obras mais importantes do Modernismo: o “Abaporu” (do Tupi- Guarani: o homem que come).  A tela foi um presente ao então marido Oswald de Andrade. Observando a tela ele criou o Movimento Antropofágico cuja ideia principal era “deglutir” a cultura européia incorporando-a a elementos da nossa cultura. Nesse período, Tarsila também pintou “O Lago” (1928); “O Ovo” ou “Urutu” (1928); “A Lua” (1928); “Cartão Postal” (1929) e “Antropofagia” (1929).  


"O Lago": obra possui o colorido típico da autora
"O Ovo": tela contém símbolos da Antropofagia. A cobra tem o poder de "deglutir" enquanto o ovo representa o nascimento do novo
"A Lua": quadro preferido de Oswald de Andrade. Mesmo depois de se separar de Tarsila, o artista conservou o quadro
"Cartão-Postal": a cidade do Rio de Janeiro é retratada na tela
"Antropofagia": união dos quadros "Abaporu" e "A Negra"

13 de março de 2013

A Arte Moderna no Brasil


Anita Malfatti foi um dos nomes responsáveis por repensar a arte no Brasil. Porém, antes do reconhecimento, foi alvo de críticas extremamente negativas. Com o aprendizado e inspiração obtidos a partir dos estudos realizados na Alemanha e EUA, trouxe para o Brasil a tão temida arte moderna. Em 1917, nas sua primeira grande exposição individual, nomeada como Exposição de Pintura Moderna Anita Malfatti, recebeu ataques ferozes de Monteiro Lobato. Em artigo publicado no Estadinho, o escritor se delicia rebaixando a nova escola, conforme mostra Marcos Augusto Gonçalves em seu 1922 – A semana que não terminou:
O artigo começa por distinguir duas espécies de artistas: os que ‘veem normalmente as coisas’ e os que ‘veem anormalmente a natureza e a interpretam à luz de teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica de escolas rebeldes’. Estes últimos seriam típicos dos períodos de decadência, ‘frutos de fim de estação, bichados ao nascedoiro’.

Se pararmos para pensar, um ataque desses se encaixaria perfeitamente aos ataques atuais, mudando o termo ‘arte moderna’ por ‘arte contemporânea’. Tento procurar alguma diferença, mas ao comparar o início do séc. XX com o atual, só encontro semelhanças. A ver: Por volta dos anos 1900, a Europa falava em futurismo e começava a conhecer grandes mestres como Van Gogh e Munch. Nos EUA, Duchamp e Edward Hopper principiavam seus nomes. Já no Brasil, os artistas que ainda eram consagrados eram Pedro Américo e Almeida Jr., sendo este considerado por Lobato o grande inventor da pintura nacional. A arte acadêmica era considerada superior e movimentos como cubismo, por exemplo, serviam apenas para caricatura. Futurismo, cubismo, impressionismo e tutti quanti não passam de outros tantos ramos de arte caricatural, exclamava Lobato. Inclusive o termo ‘impressionismo’ era utilizado a esmo, mesmo quando o movimento comentado se tratava d’outro, mostrando desinformação e desinteresse dos críticos. Diz Anita Malfatti, em depoimento à revista Salão de Maio, em 1939, que, ao retornar da Alemanha para o Brasil, “ninguém em sua casa queria saber de Van Gogh, Cézanne ou Kandinsky. Só perguntavam pela Mona Lisa e pelas glórias do Renascimento italiano” (GONÇALVES, 2012, p. 75). No século XXI, a famosa frase em exposições é “até eu faria isso”, e a nostalgia é grande quando comparam arte moderna e contemporânea com renascimento e declaram haver algum problema com a arte atual, reclamando dos artistas e suas obras, como Voltaire Schilling e seu discurso careta e sem estrutura, por volta de 2009. Formadores de opinião, os críticos levam as massas consigo e criam um exército de nostálgicos, incapazes de entender e apreciar seu estado presente.
Retornando à exposição de Malfatti, Oswald de Andrade, em breve texto publicado peloJornal do Comércio, responde para Monteiro Lobato da seguinte maneira:
Possuidora de uma alta consciência do que faz, [...] a vibrante artista  não temeu levantar  com os seus cinquenta trabalhos as mais irritadas opiniões e as mais contrariantes hostilidades. Era natural que elas surgissem no acanhamento da nossa vida artística. A impressão inicial que produzem seus quadros é de originalidade e de diferente visão. As suas telas chocam o preconceito fotográfico que geralmente se leva no espírito para as nossas exposições de pintura. A sua arte é a negação da cópia, a ojeriza da oleografia. 
A preocupação na época era romper com o realismo, mas o medo do novo predominava, assim como ainda predomina. O que mais entristece é ter consciência que, apesar da facilidade de informação que possuímos atualmente, temos um pequeno alcance de visão, nos mantendo assim amarrados e impedindo um crescimento maior da nossa cultura.