Por Chandra Santos
As ideias surrealistas vieram para o Brasil na década de 1930 e foram absorvidas pelo movimento Modernista. A pintora Tarsila do Amaral e o escritor Ismael Nery foram os mais influenciados. Além deles, a escultora Maria Martins, o pintor pernambucano Cícero Dias, o poeta Murilo Mendes e os escritores Aníbal Machado e Mário Pedrosa também acrescentaram elementos surreais em suas obras.
A Semana de 22 foi o ápice do movimento Modernista no Brasil. Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Víctor Brecheret, Plínio Salgado, Anita Malfatti, Menotti Del Pichia, Guilherme de Almeida, Sérgio Milliet, Heitor Villa-Lobos e Tarsila do Amaral são algumas das personalidades que estiveram presentes no evento ocorrido nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro no Teatro Municipal de São Paulo. Considerada um marco na arte brasileira, por propor a ruptura com o passado, a Semana de 22 revolucionou a Literatura, a música, a pintura, a poesia e a escultura. O poema “Os Sapos” rendeu a Manuel Bandeira muitas vaias durante a apresentação. Os concertos musicais de Villa-Lobos foram outra novidade. As maquetes de arquitetura e as telas das artes plásticas também. No momento em que ocorria, a Semana sofreu numerosas críticas. Mas, passados os anos, seus participantes impregnados do ideário modernista fundaram estilos diferentes que culminaram na cultura brasileira contemporânea.
Tarsila do Amaral pintou, em 1928, uma das obras mais importantes do Modernismo: o “Abaporu” (do Tupi- Guarani: o homem que come). A tela foi um presente ao então marido Oswald de Andrade. Observando a tela ele criou o Movimento Antropofágico cuja ideia principal era “deglutir” a cultura européia incorporando-a a elementos da nossa cultura. Nesse período, Tarsila também pintou “O Lago” (1928); “O Ovo” ou “Urutu” (1928); “A Lua” (1928); “Cartão Postal” (1929) e “Antropofagia” (1929).
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